11.14.2011

Lumières: perder personagens



O quarto tomo dos Piratas das Caraíbas tornou-se numa sequela de imitação pobre - por ventura pela troca do realizador original (Gore Verbinski) por Rob Marshall. O Capitão Jack Sparrow está mais só - apesar de ter encontrado um amor antigo, tudo nele ficou mais artificial. Tanto como uma quase evidente maquilhagem, tiques em lugar de representação inesperada, e uma ambiguidade sexual incompreensível agora. Além da demanda de um mito sem interesse e de uma narrativa sem conflitos dramáticos entre grandes personagens perdidas (o próprio Johnny Depp terá colaborado na concepção narrativa, o elemento mais frágil de todos), todo o aparato visual perdeu humor e uma dimensão dramática entre o paradoxo das situações e a inteligência da sugestão despreocupadamente filosófica (da bússola misteriosa ao carácter de um pirata, como um ser humano com formulas de pensamento diferente).

Fica uma simpática hipótese de um pequeno filme em torno das magnificas sereias e do amor (já contado noutras aventuras), de uma das mais belas por um homem, que não lhe consegue resistir.

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