O quarto tomo dos Piratas das Caraíbas tornou-se numa sequela de imitação pobre - por ventura pela troca do realizador original (Gore Verbinski) por Rob Marshall. O Capitão Jack Sparrow está mais só - apesar de ter encontrado um amor antigo, tudo nele ficou mais artificial. Tanto como uma quase evidente maquilhagem, tiques em lugar de representação inesperada, e uma ambiguidade sexual incompreensível agora. Além da demanda de um mito sem interesse e de uma narrativa sem conflitos dramáticos entre grandes personagens perdidas (o próprio Johnny Depp terá colaborado na concepção narrativa, o elemento mais frágil de todos), todo o aparato visual perdeu humor e uma dimensão dramática entre o paradoxo das situações e a inteligência da sugestão despreocupadamente filosófica (da bússola misteriosa ao carácter de um pirata, como um ser humano com formulas de pensamento diferente).
No comments:
Post a Comment